sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Inclusão ou Inserção Digital?


O Brasil, que outrora foi chamado de país do futuro, e que hoje, a meu ver já pode ser considerado o país do presente - pois sem dúvida alguma já alcançou inúmeros avanços em vários aspectos - permanece, no que tange à educação, preso ao passado.
Em nossa sociedade encontramos inuméros focos de analfabetismo em vários municípios do país, programas governamentais criaram e continuam criando vários projetos para reverter esse quadro, que infelizmente não obtêem sucesso de forma ampla. Se ainda hoje temos esses altos índices de analfabetos que não conseguem sequer decodificar a escrita, como falar em programas de alfabetização digital?
Não discordo de ser esta uma excelente idéia já que vivemos envoltos pelos "bytes", mas a execução deste projeto requer muito mais do que a simples aquisição de equipamentos.


Assim como a maioria dos projetos de alfabetização recebem críticas por simplesmente possibilitar ao individuo o acesso a leitura e escrita sem a preocupação de formar cidadãos críticos, seres pensantes, assim também o projeto de alfabetização digital, recebe várias críticas por apenas favorecer o uso das tecnologias sem possibilitar ao indivíduo poder contribuir para alteração, melhoria, divulgação das mesmas. A Professora Drª. Maria Helena Bonilla em seu artigo O Brasil e a alfabetização digital, cita que a "alfabetização digital [está] para a grande maioria da população, os consumidores, e fluência para a pequena parcela que consegue realizar curso de nível superior", ou seja, as políticas que visam expandir o conhecimento através da rede, necessitam mais que simplesmente dar noções do manuseio, tal qual um manual de intruções e sim, de fato permitir além do acesso, o conhecimento para uso, alteraçoes, melhorias do sistema.
Como realizar isso? Um ótimo exemplo encontramos nos software livres, porém abordarei sobre este tema na minha próxima postagem.
Até breve...

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